A Experiência de André Luiz no Umbral – Parte 1

Você sabe como foi a experiência de André Luiz no Umbral? Se ainda não conhece, continue a leitura, pois o relato de André Luiz tem muito a nos ensinar.

André Luiz, através da obra-prima “Nosso Lar”, psicografada por Chico Xavier em 1944, traz informações valiosas do mundo espiritual e de sua experiência no Umbral.

Ele detalha seu grande sofrimento e desespero durante os oito anos 8 anos que passou nesse horrível lugar. Foram 8 anos que mais pareciam uma eternidade.

A Vida de André Luiz na Terra como Médico

É claro que não podemos considerar o relato de André Luiz sobre o Umbral como um destino certo para todos, pois, sendo as pessoas diferentes, logicamente as consequências de seus atos durante a vida na Terra as levarão para destinos diferentes.

Mas é uma experiência que devemos considerar pois, André Luiz, enquanto encarnado, mesmo não sendo um elevado exemplo de bondade e de caridade, também não era alguém a quem poderíamos chamar de “má pessoa” ou de criminoso.

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Era um homem que tinha seus vícios, mas que também ajudou, em função da sua profissão de médico, muitas pessoas. Portanto, ficamos sabendo em “Nosso Lar” que, nos seus quinze anos de clínica, ele proporcionou receituário gratuito a mais de seis mil necessitados.

O Objetivo de André Luiz com o Livro Nosso Lar

Uma pessoa inteligente aprende com os próprios erros, mas o sábio aprende com os erros dos outros.
Portanto, a experiência de André Luiz tem muito a nos ensinar.

Com certeza, esse foi seu objetivo quando decidiu compartilhar conosco suas experiências do mundo espiritual. Portanto, sejamos gratos a ele por tamanha generosidade, a Chico Xavier, pela divina mediunidade, e a Nosso Senhor Jesus Cristo, sem o qual nada disso teria sido possível.

A Experiência de André Luiz no Umbral – Seu Horrível Sofrimento

André Luiz inicia “Nosso Lar” relembrando quando estava no Umbral. Então, ele nos conta que a impressão que tinha é que havia perdido a ideia de tempo e a noção de espaço.

Ele sabia, tinha certeza que não fazia mais parte do “mundo dos vivos”, mas não entendia o porquê de algumas sensações e situações ainda se manterem, como por exemplo, a respiração.

Cena do filme "Nosso Lar": Personagem de André Luiz no Umbral
Cena do filme “Nosso Lar”: Personagem de André Luiz no Umbral

O relato que ele faz do Umbral é algo que realmente impressiona, digno de um filme de terror: Cabelos sempre eriçados, coração aos saltos e com um medo terrível, muitas vezes ele gritava como louco, implorando piedade.

Nos raros momentos de silêncio, ouvia lamentos mais comovedores que os seus. Em outras vezes, ouvia sinistras gargalhadas. Via a todo tempo formas diabólicas e expressões animalescas, aumentando o seu terror e sofrimento.

Sobre a paisagem, André Luiz afirma que, quando não totalmente escura, havia um mínimo de iluminação, dando ao ambiente a sensação de haver uma espessa neblina.

Ele não sabia para onde ir, não tinha um destino. Então, com o terrível medo que nunca o abandonava, apenas fugia. Sempre! Pensava no lar, na esposa, nos filhos, na família e então, o desespero aumentava. Nesses momentos, André Luiz conta que preferiria a ausência total da razão, o não-ser.

Cena de "Nosso Lar": Personagem de André Luiz sendo atacado no Umbral
Cena de “Nosso Lar”: Personagem de André Luiz sendo atacado no Umbral

Chorava muito e apenas em raros minutos conseguia dormir, pois, incessantemente era interrompido por seres monstruosos que, irônicos, o acordavam. Era necessário sempre fugir. Mas, fugir para onde?

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A Experiência de André Luiz no Umbral – O Arrependimento

André Luiz, quando na existência terrena, tinha como bússola para a vida os princípios filosóficos, políticos e científicos, ao invés dos valores espirituais. No entanto, agora ele começa a ponderar melhor e a situação começava a se inverter.

Refletia que os princípios terrenos pareciam agora extremamente secundários para a vida humana.
Eram, sim, um valioso patrimônio nos planos terrestres, mas, reconhecia que a humanidade não se constitui de gerações transitórias e sim de Espíritos imortais, a caminho da evolução.

Então, tardiamente, entendia que há algo acima de toda arrogante pretensão intelectual, e esse algo é a fé. Conhecia os textos do Velho Testamento e também do Evangelho.

Mas esse conhecimento era adquirido através da crítica de escritores alheios aos ensinamentos sagrados contidos ali. Infelizmente, André Luiz nunca procurou as palavras sagradas com a luz do coração.

A Consciência é um Grande Juíz

A consciência é um grande juiz. Apesar de André Luiz não ter sido um criminoso e ter levado uma vida terrestre normal e relativamente “facilitada”, pela ajuda dos pais excessivamente generosos,  a consciência fazia-o experimentar uma sensação de tempo perdido.

Sentia que havia recebido muitas bençãos em sua vida, e se sentia agora um devedor, pois não havia retribuído essas bençãos divinas à imensa família humana.

Não havia preparado o coração e a alma com base nos ensinamentos de Nosso Divino Mestre Jesus, e por isso, trilhava agora o caminho da amargura.

E nos faz o seguinte alerta (guarde muito bem essas palavras): “Buscai a verdade, antes que a verdade vos surpreenda. Suai agora para não chorardes depois.”

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Autoria do Texto: Caminho de Jesus Espiritismo (com base no livro Nosso Lar)

One thought on “A Experiência de André Luiz no Umbral – Parte 1

  • 9 de maio de 2021 em 19:53
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    Boa noite. Dia 18 vai fazer dois meses que minha irmã Luciana Souza de Oliveira faleceu de complicação da covid ? ela tinha só 42 anos dói de mais, a saudade tá grande

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