A Experiência de André Luiz no Umbral – Parte 2

Antes de mais nada, continuamos neste artigo a descrever a terrível experiência de André Luiz no Umbral. Na primeira parte do artigo, ele narra situações e comportamentos que o levaram, após o desencarne, aos horríveis sofrimentos no Umbral.

Na Parte 2, tratada aqui, ele não apenas entra em detalhes sobre seu sofrimento e desespero, mas também ficamos conhecendo como foi sua redenção e seu resgate.

Como sabemos, tudo passa: nenhum sofrimento é eterno. Sendo assim, continue a leitura, pois as histórias do Espírito André Luiz têm muito a nos ensinar

A Experiência de André Luiz no Umbral – Seria André Luiz um Suicida?

Sobre seu sofrimento, um acontecimento contínuo que sempre o deixava desesperado era a acusação que sofria. Frequentemente ouvia gritos, por todos os lados, chamando-o de “suicida, criminoso e infeliz”.

André Luiz não entendia o motivo disso, e sentia-se muito perturbado, pois de maneira alguma se considerava um suicida. Sendo assim, relembrava que havia deixado o corpo físico a contragosto, em seu duelo com a morte, quando ocorreu sua operação dos intestinos.

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E relembrava, principalmente, da última cena que guardara na memória, que antecedeu o “grande sono”: a imagem da esposa e dos três filhos contemplando-o, no terrível momento da separação. Na sequência, o despertar, na paisagem escura e úmida…

Ouvia os gritos proferidos pelos seres das trevas, mas não os encontrava. Algumas vezes, enxergava-os apenas de relance, na treva espessa. Então, no auge do desespero e do medo, André Luiz tentava atacá-los, esmurrando o ar.

Mas o esforço era sempre em vão. Conseguia como resultado disso apenas gargalhadas assustadoras e sarcásticas, enquanto os vultos se ocultavam nas sombras.

O Enorme Desânimo de André Luiz no Umbral

Sentia-se terrivelmente abandonado, porém, o maior sofrimento era o ataque incessante das forças das trevas que sempre o irritavam. Então, totalmente desnorteado, não tinha condições de analisar a situação vivida.

Começou então a desanimar e agora as lágrimas rolavam por seu rosto com uma maior frequência. André Luiz percebia que a grande cultura intelectual trazida do mundo, em nada lhe ajudava agora, nesse momento tão angustiante.

Em outras palavras, a tortura nunca cessava: sentia fome e sede o tempo todo. Em alguns momentos, devorava algumas folhas desconhecidas que encontrava pelo ambiente hostil. Outras vezes, para tentar matar a sede, sugava a lama da estrada.

A barba crescia e a roupa começava a rasgar-se. Era necessário sempre ocultar-se da enorme quantidade de seres animalescos, que passavam em bando. Como podemos observar, o quadro era estarrecedor!

Cena do filme “Nosso Lar”: Personagem de André Luiz no UmbralCena do filme “Nosso Lar”: Personagem de André Luiz no Umbral

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A Redenção – O Resgate de André Luiz

Contudo, André Luiz que, no plano físico, detestava as religiões, começou a pensar agora que deveria existir um “Autor da Vida“, e sentiu-se confortado. Nesse momento, quando não tinha mais energias e forças, à maneira de uma criança aflita, rogou piedade a Deus.

Não sabe quanto tempo durou essa súplica. Logo depois, uma chuva de lágrimas lavou seu rosto. Então, a intercessão acontece. Não apenas pela mudança de comportamento de André Luiz, mas também porque havia um anjo que velava por ele: sua mãe.

No Capítulo 7 de “Nosso Lar”, somos informados da intercessão de sua mãe por ele, desde quando André Luiz adoecera e, principalmente, durante sua permanência no Umbral.

Clarêncio, o Velhinho que Retirou André Luiz do Umbral

Nesse momento, a paisagem até então sempre escura, deu lugar à uma claridade, de onde surgiu um velhinho simpático, enviado dos Céus. Sorrindo paternalmente, pediu para que André Luiz tivesse coragem, pois o Senhor não nos desampara nunca.

Cena do filme “Nosso Lar”: Personagem de André Luiz sendo resgatado
Cena do filme “Nosso Lar”: Personagem de André Luiz sendo resgatado

Muito emocionado, sem conseguir segurar o choro, André Luiz perguntou quem era aquele senhor, e obteve a resposta: se chamava Clarêncio. Não podia imaginar que seu sofrimento, que parecia eterno, estivesse chegando ao fim.

Clarêncio orientou-o de forma a permanecer calmo e em silêncio, pois era necessário que descansasse. Outros dois companheiros estenderam um tipo de maca improvisada, onde colocaram André Luiz.

Esses foram seus últimos momentos no Umbral. Partiram então para “Nosso Lar“. E a jornada de evolução espiritual e moral de André Luiz se iniciaria.

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Autoria do Texto: Caminho de Jesus Espiritismo (com base no livro Nosso Lar)

One thought on “A Experiência de André Luiz no Umbral – Parte 2

  • 11 de abril de 2021 em 18:26
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    Relato esclarecedor, assustador e comovente, ao mesmo tempo. Muito obrigada!

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