Características de Alguns Habitantes de Nosso Lar

Neste artigo Lísias nos explica algumas características de alguns habitantes deNosso Lar“. André Luiz ainda permanecia no Hospital de “Nosso Lar“, se recuperando, quando Lísias, o visitador dos serviços de saúde, apareceu para examiná-lo.

Com um sorriso acolhedor e muito solícito, informou que estava ali para servi-lo, enquanto precisasse de tratamento. Explicou que, não apenas cooperava nos serviços de enfermagem, mas também auxiliava nas necessidades dos enfermos recém-chegados.

André Luiz, achando tudo muito diferente e novo, ficou surpreso, ao que Lísias concedeu mais alguns detalhes dos serviços hospitalares na colônia para elucidar o irmão novato.

As Condições de André Luiz ao Chegar em Nosso Lar

Informou a André Luiz que, assim como ele, havia inúmeros outros servidores em Nosso Lar. E, no que diz respeito as enfermos, apenas na seção em que eles estavam, que era uma das menores do parque hospitalar, havia mais de mil doentes espirituais.

André Luiz escutava todas essas novas informações maravilhado, e nesse momento Lísias passou a examiná-lo.

Então, notando as lesões dos intestinos originadas pelo câncer, as dilacerações do fígado e o esgotamento prematuro dos rins, perguntou se ele sabia o que isso significava.

André Luiz responde então que já havia sido informado sobre a condição em que se encontrava agora: a de suicida inconsciente.

Leia também:

Características de Alguns Habitantes de Nosso Lar - Cena do Filme “Nosso Lar”: André Luiz conversando com Lísias
Características de Alguns Habitantes de Nosso Lar – Cena do Filme “Nosso Lar”: André Luiz conversando com Lísias

Características de Alguns Habitantes de Nosso Lar

Para demonstrar que seu caso era mais comum do que supunha, Lísias informou ao novo amigo que, na turma dos oitenta enfermos a que ele devia assistência diária, cinquenta e sete se encontravam nas mesmas condições.

E começou a explicar algumas características de alguns habitantes de “Nosso Lar” e a elencar as consequências dos graves atos que, invariavelmente, passam despercebidos, quando o ser vive na Terra, como por exemplo:

  • O homem imprevidente, que utilizou muito os olhos para o mal, ali comparece de órbitas vazias.
  • O malfeitor, que nos atos criminosos, utilizava o dom da locomoção fácil, costumar chegar paralisado ou até mesmo sem as pernas.
  • Os obsidiados nas práticas das aberrações do sexo, comparecem em extrema loucura.

Seria Nosso Lar um Tipo de Céu?

André Luiz, ouvindo perplexo, perguntou se onde estavam não era um lugar celestial dos eleitos, lembrando-se do conceito de “Céu”, ensinado pelas religiões terrenas.

Bondosamente, Lísias sorriu e explicou que “Nosso Lar” não era necessariamente uma estância de espíritos propriamente vitoriosos. A alegria que lá existia, em cada parte da colônia, se devia ao fato de haver o abençoado trabalho.

Lísias então se recorda do ensinamento do Divino Mestre de que muitos são chamados mas poucos são os escolhidos. Raríssimos atendem ao chamado, pois a massa humana prefere se envolver com outros tipos de convites.

Leia também:

Gasta-se muita energia e tempo, perde-se oportunidades edificantes no caminho do bem e o resultado é que, diariamente, inúmeras criaturas deixam o plano físico para entrar no mundo espiritual em doloroso estado de incompreensão.

Uma multidão de Espíritos loucos e doentes, vagando, nos círculos próximos à crosta terrestre, sem rumo.

Mundo de Descanso Após a Morte? Não é Tão Simples Assim

Muitos creem que basta acontecer a morte do corpo físico para ingressar em um mundo de maravilhas e descanso. Mas não: nos defrontamos com um trabalho pesado para resgatar débitos passados.

Por mais alto que ascendamos, é necessário voltar, para ajustar os próprios erros, lavando o rosto no suor do mundo. É tarefa que não podemos impor a terceiros, pois seria por demais injusto.

Jesus não esquece homem algum; entretanto, raros são os que O recordam. André Luiz a essa altura já se sentia totalmente culpado, recordando-se da vida que levara na Terra.

Lísias porém, pediu para que ele não se culpasse tanto e meditasse no trabalho que tinha a fazer. Aplicando-lhe passes magnéticos, esclareceu que a cura real de uma doença ou estado de espírito é peculiar a cada um.

A causa dos males de André Luiz persistiria ainda por um tempo, até que se desfizessem por completo os germes da perversão da saúde divina, originados pelo descuido quando no corpo físico.

André Luiz meditava emocionado e impressionado ante os ensinamentos recebidos pelo bondoso amigo. Chorava então, profundamente.

E antes de despedir-se, Lísias deixa mais um grande ensinamento: quando as lágrimas não têm origem na revolta, elas se constituem sempre um remédio depurador.

Leia também:

Autoria do Texto: Caminho de Jesus Espiritismo (com base no livro Nosso Lar)