Quando Chico Xavier conheceu Emmanuel
Neste artigo falaremos sobre quando Chico Xavier conheceu Emmanuel. Chico Xavier teve o primeiro contato com Emmanuel, em sua última reencarnação, em 1931. Nesta época, Chico tinha 21 anos de idade e ainda morava em Pedro Leopoldo – MG.
Na introdução do livro “Emmanuel“, lançado em 1938, Chico Xavier descreve como conheceu o Espírito que foi seu guia e amigo até o final de sua vida. Sendo assim, abaixo ficamos conhecendo como isso aconteceu pelas próprias palavras de Chico Xavier:
Quando Chico Xavier conheceu Emmanuel
“Lembro-me de que, em 1931, numa de nossas reuniões habituais, vi a meu lado, pela primeira vez, o bondoso Espírito Emmanuel. Eu psicografava, naquela época, as produções do primeiro livro mediúnico, recebido através de minhas humildes faculdades e experimentava os sintomas de grave moléstia dos olhos.
Via-lhe os traços fisionômicos de homem idoso, sentindo minha alma envolvida na suavidade de sua presença, mas o que mais me impressionava era que a generosa entidade se fazia visível para mim, dentro de reflexos luminosos que tinham a forma de uma cruz. Às minhas perguntas naturais, respondeu o bondoso guia:
– ‘Descansa! Quando te sentires mais forte, pretendo colaborar igualmente na difusão da filosofia espiritualista. Tenho seguido sempre os teus passos e só hoje me vês, na tua existência de agora, mas os nossos espíritos se encontram unidos pelos laços mais santos da vida e o sentimento afetivo que me impele para o teu coração tem suas raízes na noite profunda dos séculos…’
A Presença Constante de Emmanuel na Vida de Chico Xavier
Essa afirmativa foi para mim imenso consolo e, desde essa época, sinto constantemente a presença desse amigo invisível que, dirigindo as minhas atividades mediúnicas, está sempre ao nosso lado, em todas as horas difíceis, ajudando-nos a raciocinar melhor, no caminho da existência terrestre.
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A sua promessa de colaborar na difusão da consoladora Doutrina dos Espíritos tem sido cumprida integralmente. Desde 1933, Emmanuel tem produzido, por meu intermédio, as mais variadas páginas sobre os mais variados assuntos.
Solicitado por confrades nossos para se pronunciar sobre esta ou aquela questão, noto-lhe sempre o mais alto grau de tolerância, afabilidade e doçura, tratando sempre todos os problemas com o máximo respeito pela liberdade e pelas idéias dos outros.
Convidado a identificar-se, várias vezes, esquivou-se delicadamente, alegando razões particulares e respeitáveis, afirmando, porém, ter sido, na sua última passagem pelo planeta, padre católico, desencarnado no Brasil.
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Emmanuel Foi o Senador Romano Públio Lêntulus
Levando as suas dissertações ao passado longínquo, afirma ter vivido ao tempo de Jesus, quando então se chamou Públio Lêntulus. E de fato, Emmanuel, em todas as circunstâncias, tem dado a quantos o procuram os testemunhos de grande experiência e de grande cultura.
Para mim, tem sido ele de incansável dedicação. Junto do Espírito bondoso daquela que foi minha mãe na Terra, sua assistência tem sido um apoio para meu coração nas lutas penosas de cada dia. Muitas vezes, quando me coloco em relação com as lembranças de minhas vidas passadas e quando sensações angustiosas me prendem o coração, sinto-lhe a palavra amiga e confortadora.
Emmanuel leva-me, então, às eras mortas e explica-me o grande e pequeno porquê das atribulações de cada instante. Recebo invariavelmente, com a sua assistência, um conforto indescritível, e assim é que renovo minhas energias para a tarefa espinhosa da mediunidade, em que somos ainda tão incompreendidos.
Alguns amigos, considerando o caráter de simplicidade dos trabalhos de Emmanuel, esforçaram-se para que este volume despretensioso surgisse no campo da publicidade. Entrar na apreciação do livro, em si mesmo, é coisa que não está na minha competência.
Apenas me cumpria o dever de prestar ao generoso guia dos nossos trabalhos a homenagem do meu reconhecimento, com a expressão da verdade pura, pedindo a Deus que o auxilie cada vez mais, multiplicando suas possibilidades no mundo espiritual, e derramando-lhe n’alma fraterna e generosa as luzes benditas do seu infinito amor.”
Pedro Leopoldo 16 de Setembro de 1937.
Francisco Cândido Xavier
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Autoria do Texto: Caminho de Jesus Espiritismo (Referência: Lindos Casos de Chico Xavier – Ramiro Gama)